sábado, 17 de dezembro de 2011

Natal da Assunção 69

Como era deliciosa essa época de festas naquela casa!
Os preparativos começavam muito antes, minha mãe chamava o faxineiro do banco em que meu pai trabalhava para retirar as coisas guardadas no forro da casa. Aliás esse forro era para mim um mistério muito fascinante, o acesso era por uma claraboia que ficava sobre a escada de acesso à casa e atrás daquela esquadria de madeira com vidro pontilhado parece que existia um outro mundo que eu não sabia bem onde terminava ou o que era capaz de conter!
Tio Pepino enviava uma madeira grande que era colocada sobre a comoda da sala para poder ampliar o espaço onde seria montado o presépio.
Tomadas essas providencias entrava em ação minha mãe retirando uma infinidade de estatuetas e miniaturas de casinhas e outros objetos que comporiam aquele cenário e usando uns papéis que imitavam pedras começava a aparecer uma "Belém" rica em detalhes: os espelhos com pedrinhas em volta faziam surgir laguinhos onde os patinhos ganhavam personalidade como se estivessem nadando de verdade, as casinhas nas montanhas com luzinhas dentro sugerindo, pelo menos em minhas fantasias, a existência de famílias habitando aqueles remotos lugares, as dezenas de animais sobre a serragem e é claro a cena central do menino Jesus na manjedoura admirado pelos pais e pelos reis magos levando seus presentes.
Terminada essa montagem (em geral durava uns dois dias) era a vez da arvore de natal toda adornada com enfeites coloridos e espelhados meticulosamente arrumados em seus devidos lugares ... que vontade eu sentia de entrar naquelas bolas para ver tudo daquela cor! Mas a operação só  estaria concluída quando uma "enorme" bola vermelha era dependurada na saída do corredor para a sala.
Pronto agora podíamos esperar o papai noel e enquanto isso receber as cestas de natal que meu pai ganhava dos cerealistas clientes do banco. O aroma daquela palha usada para proteger as garrafas de bebidas im portadas e outras latas e vidros era inconfundível, até hoje sinto esse perfume! De onde viriam tantas coisas coloridas e bonitas que iam saindo de dentro daquelas fabricas de sonhos? Por que meu pai era tão importante? Papai Noel atenderia meus pedidos? Quantas perguntas na cabeça daquele menino de cinco ou seis anos...
Agora era tempo de curtir aquela espera até a missa do galo que íamos assistir na igreja da rua Tenente Azevedo ao lado da casa do tio Vito logo após as comemorações do aniversario da minha prima Mariana Cristina. Essa rua tinha uma outra particularidade muito incrível, uma fabrica de estatuetas de presépio da qual eu não cansava de respirar um aroma de tinta delicioso ( acho que tintas não são tóxicas para crianças, rs).
Voltando da missa era hora de deitar e ficar bem quietinho tentando permanecer acordado para ver o papai noel, mas que droga sempre pegava no sono antes do velhinho chegar, e dali a algumas horas acordar e correr para o presépio ver os presentes depositados perto dos sapatinhos deixados lá.
Uma excitação tomava conta de nós e brincávamos sem cansar até que fosse colocada a mesa de almoço imensa, ocupando a sala toda, onde sentariam as famílias que se reuniam em torno da matriarca daquele clã: minha avó Anastácia ... todos a estimavam e respeitavam, grande figura era ela!
Terminada aquela maratona gastronômica que incluía uma disputa entre meus tios para degustar os olhos dos animais assados as mulheres iam para cozinha lavar a louça e conversar enquanto os homens jogavam buraco até chegar a hora do jogo de tombola que durava até que a fome (ou gula?) nos levasse a comer o capeletti in brodo seguido de carnes requentadas, frutas secas e doces italianos deliciosos.
Deve ser por isso que me sinto tão feliz com a chegada dessa época de festas.
Deus me permita lembrar do verdadeiro homenageado dessa data!
Feliz natal a tod@s!

domingo, 7 de agosto de 2011

A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada

ELIANE BRUM
Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios
nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes –
O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê
(Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).
E-mail: elianebrum@uol.com.br
Twitter: @brumelianebrum


Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram
adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente
grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao
mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das
habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações.
Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia,
despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o
mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a
fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito,
porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da
felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente
em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à
tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo
tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem
prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho
uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe
complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem,
seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque
obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a
“injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que
ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante,
desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no
mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a
cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o
mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para
os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um
questionamento importante para quem está educando uma criança ou um
adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a
felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia
de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que
fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os
perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.
É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem
devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso
pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que
os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas
básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas
faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar
dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas
capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade.
O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é
esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo
parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara
que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular
de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais.
Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda
precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem
esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver
sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e,
como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que
deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de
que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí
esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de
mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes
prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que
sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas,
mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem
imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém,
por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais
e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos
dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça
desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é
complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas
quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no
confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais
vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da
confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se
a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que
os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem
considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação
de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida,
que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo,
porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar
construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está
disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e
reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala
com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que
não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o
cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro
de casa.

Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem
– e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais
e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno
se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a
relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a
exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que
estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a
possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é
uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos
objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os
pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos
simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso
criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma
vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma
grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros
anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida
em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais
rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que
paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas
imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que
precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim,
assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é
complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou
superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a
própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem
nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder
pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente
grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante
quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez
em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas
essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como
ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com
medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando
descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa
dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o
trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência.
É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada
que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho
merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar
choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu
espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem
de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para
descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque
eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas
vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua
desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna
menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não
perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.



Bela análise!

Abs e Bjs

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O BRASIL NÃO TEM GUERRA NÉ? A ... TÁ!

Acordei hoje ouvindo no radio q se encontra em estado grave um jovem q foi atropelado por um Land Rover blindado dirigido por uma moça alcoolizada.
Eu como pai tenho uma tendencia a enxergar meus filhos na situação e isso por um lado tenderia a me irar contra o agressor mas ao mesmo tempo me faz ser mais piedoso também e invariavelmente, diante de um caso de desvio de comportamento como esse, me coloco a analisar o contexto social no qual vivemos e tentar obter resposta a algumas perguntas:
- será q isso acontece por ser são paulo tão grande e "anonimante"?
- andar num carro carissimo blindado é o certo ou a exeção?
- o jovem q assalta é o verdadeiro bandido, ou os que o levaram a aquela condição por suas ganancias seriam os reais culpados?
- um homem acumular fortunas q serviriam a tres ou quatro gerações (mesmo q por meio de trabalho honesto) está correto?
- e juntar para 20 gerações através de corrupção?
- uma classe dominante q retem a maior parte do dinheiro de um pais deixando a menor para ser dividida pela grande maioria não gera desequilibrio?
- a classe média q não pode ter carros blindados e é invadida literalmente por assaltantes deve pagar a conta?
- Por q um jovem filho de uma familia bem sucedida acaba caindo nas drogas?
- Estamos praticando minimamente o AMAR de forma incondiciuonal nas familias?
- Está certo pais separados em muitos casos incitarem filhos contra o (a) ex?
- Dinheiro substitui o tempo de convivio?
- a geração Y vai conseguir obedecer a geração Y?
- antigamente, quando não havia tanta violencia, existiam pessoas bem de vida e até ricas?
- estas pessoas viviam sendo açoitadas ou temendo ser?
Bem... é inevitável, acabo lembrando do livro de Jó no trecho em q ao ser perguntado de onde vinha, satanás respondeu: de rodear pela Terra...
Por mais q eu tente não enxergo outra saida ... só crendo q Deus nos livra da p/ acalmarmos nossos temores e dormir à noite!
Abs e Bjs a tod@s
Victor

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sejamos cautelosos com julgamentos

Tenho acompanhado há mais de 10 anos as ministrações do pastor Ricardo Gondim, lider da igreja Betesda e além de ter aprendido muito com ele me sinto em condições de entrar em defesa desse cidadão que tem lutado bravamente contra uma "pseudo igreja" que tenta dominar as massas através da diminuição do tamanho de Deus. Querem diminui-lO ao ponto de conseguirem entender algo que não se pode concientizar e sim SENTIR que é o seu poder. Ouço orações pelas radios que mais parecem ameaças de tanta arrogancia contida nas palavras desses pseudo homens de Deus, ou senão é a linha do peço fazendo vóz de choro como crianças mimadas querendo impressionar seus pais!
Ricardo Gondim é amigo pesoal e parceiro em idéias e ideais de  Ed René Kiwitz, lider da Igreja Batista da Agua Branca da qual sou membro; sobre o qual já perdi a conta de quantas vezes ouvi e aprendi de Deus com seus sermões. Ambos me ajudaram a ampliar uma visão mais sistemica sobre as promessas da biblia e sobre como não se deve retirar os textos de contextos para criar pretextos. Devo boa parte de minha maturidade espiritual a um certo ceticismo que com eles aprendi, sem prejuizo à minha fé, é bom que se diga.

Hoje recebi um link sobre uma entrevista que Ricardo Gondim deu à revista Carta Capital recentemente, a qual transcrevo a seguir e não aguentei permanecer calado sobre o tema:

Aos 57 anos, pastor há 34, Gondim é líder da Igreja Betesda e mestre em teologia pela Universidade Metodista. E tornou-se um dos mais populares críticos do mainstream evangélico, o que o transformou em alvo. “Sou o herege da vez”, diz na entrevista a seguir.

Carta Capital: Os evangélicos tiveram papel importante nas últimas eleições. O Brasil está se tornando um país mais influenciável pelo discurso desse movimento?
RG: Sim, mesmo porque, é notório o crescimento no número de evangélicos. Mas é importante fazer uma ponderação qualitativa. Quanto mais cresce, mais o movimento evangélico também se deixa influenciar. O rigor doutrinário e os valores típicos dos pequenos grupos de dispersam, e os evangélicos ficam mais próximos do perfil religioso típico do brasileiro.

CC: Como o senhor define esse perfil?
RG: Extremamente eclético e ecumênico. Pela primeira vez, temos evangélicos que pertencem também a comunidades católicas ou espíritas. Já se fala em um “evangelicalismo popular”, nos modelos do catolicismo popular, e em evangélicos não praticantes, o que não existia até pouco tempo atrás. O movimento cresce, mas perde força. E por isso tem de eleger alguns temas que lhe assegurem uma identidade. Nos Estados Unidos, a igreja se apega a três assuntos: aborto, homossexualidade e a influência islâmica no mundo. No Brasil, não é diferente. Existe um conservadorismo extremo nessas áreas, mas um relaxamento em outras. Há aberrações éticas enormes.

O senhor escreveu um artigo intitulado “Deus nos Livre de um Brasil Evangélico”. Por que um pastor evangélico afirma isso?
Porque esse projeto impõe não só a espiritualidade, mas toda a cultura, estética e cosmovisão do mundo evangélico, o que não é de nenhum modo desejável. Seria a talebanização do Brasil. Precisamos da diversidade cultural e religiosa. O movimento evangélico se expande com a proposta de ser a maioria, para poder cada vez mais definir o rumo das eleições e, quem sabe, escolher o presidente da República. Isso fica muito claro no projeto da igreja Universal. O objetivo de ter o pastor no Congresso, nas instâncias de poder, pode facilitar a expansão da igreja. E, nesse sentido, o movimento é maquiavélico. Se é para salvar o Brasil da perdição, os fins justificam os meios.

O movimento americano é a grande inspiração para os evangélicos no Brasil?
O movimento brasileiro é filho direto do fundamentalismo norte-americano. Os Estados Unidos exportam seu american way of life de várias maneiras, e a igreja evangélica é uma das principais. As lideranças daqui leem basicamente os autores norte-americanos e neles buscam toda a sua espiritualidade, teologia e normatização comportamental. A igreja americana é pragmática, gerencial, o que é muito próprio daquela cultura. Funciona como uma agência prestadora de serviços religiosos. de cura, libertação, prosperidade financeira. Em um país como o Brasil, onde quase todos nascem católicos, a igreja evangélica precisa ser extremamente ágil, pragmática e oferecer resultados para se impor. É uma lógica individualista e antiética. Um ensino muito comum nas igrejas é de que Deus abre portas de emprego para os fiéis.
Eu ensino minha comunidade a se desvincular dessa linguagem. Nós nos revoltamos quando ouvimos que algum político abriu uma porta para o apadrinhado. Por que seria diferente com Deus?
O senhor afirma que a igreja evangélica brasileira está em decadência, mas o movimento continua a crescer.
Uma igreja que, para se sustentar, precisa de campanhas cada vez mais mirabolantes, um discurso cada vez mais histriônico e promessas cada vez mais absurdas está em decadência. Se para ter a sua adesão eu preciso apelar a valores cada vez mais primitivos e sensoriais e produzir o medo do mundo mágico, transcendental, então a minha mensagem está fragilizada.

Pode-se dizer o mesmo do movimento norte-americano?
Muitos dizem que sim, apesar dos números. Há um entusiasmo crescente dos mesmos, mas uma rejeição cada vez maior dos que estão de fora. Hoje, nos Estados Unidos, uma pessoa que não tenha sido criada no meio e que tenha um mínimo de senso crítico nunca vai se aproximar dessa igreja, associada ao Bush, à intolerância em todos os sentidos, ao Tea Party, à guerra.

O senhor é a favor da união civil entre homossexuais?
Sou a favor. O Brasil é uni país laico. Minhas convicções de fé não podem influenciar, tampouco atropelar o direito de outros. Temos de respeitar as necessidades e aspirações que surgem a partir de outra realidade social. A comunidade gay aspira por relacionamentos juridicamente estáveis. A nação tem de considerar essa demanda. E a igreja deve entender que nem todas as relações homossexuais são promíscuas. Tenho minhas posições contra a promiscuidade, que considero ruim para as relações humanas, mas isso não tem uma relação estreita com a homossexualidade ou heterossexualidade.

O senhor enfrenta muita oposição de seus pares?
Muita! Fui eleito o herege da vez. Entre outras coisas, porque advogo a tese de que a teologia de um Deus títere, controlador da história, não cabe mais. Pode ter cabido na era medieval, mas não hoje. O Deus em que creio não controla, mas ama. É incompatível a existência de um Deus controlador com a liberdade humana. Se Deus é bom e onipotente, e coisas ruins acontecem., então há algo errado com esse pressuposto. Minha resposta é que Deus não está no controle. A favela, o córrego poluído, a tragédia, a guerra, não têm nada a ver com Deus. Concordo muito com Simone Weil, uma judia convertida ao catolicismo durante a Segunda Guerra Mundial, quando diz que o mundo só é possível pela ausência de Deus. Vivemos como se Deus não existisse, porque só assim nos tornamos cidadãos responsáveis, nos humanizamos, lutamos pela vida, pelo bem. A visão de Deus como um pai todo-poderoso, que vai me proteger, poupar, socorrer e abrir portas é infantilizadora da vida.

Mas os movimentos cristãos foram sempre na direção oposta.
Não necessariamente. Para alguns autores, a decadência do protestantismo na Europa não é, verdadeiramente, uma decadência, mas o cumprimento de seus objetivos: igrejas vazias e cidadãos cada vez mais cidadãos, mais preocupados com a questão dos direitos humanos, do bom trato da vida e do meio ambiente.


Fonte: Carta Capital


Religiosidade tende a cegar as pessoas... leiam atentamente o que ele disse! A posição é clara a favor de parar com o fingimento e deixar de ser promiscuo. Para mim promiscuidade é um pai de familia que se faz de PROBO CIDADÃO e "janta" a quem for preciso no mundo dos negócios ou ditos homens de Deus que querem redui-lO à pequenês de acatar orações agressivas e "ameaçadoras"... aparece alguém apresentando uma forma mais ampla de enxergar e de pronto a comunidade se alista em julgar e condenar! Dois homosexuais que querem morar juntos e viver uma vida reta e ética já fazem parte de nossa realidade, proibir isso se assemelha a querer proibir torcidas organizadas, é prender dentro de uma panela de pressão sentimentos que não se consegue sublimar à força.
Não estou defendendo o homsexualismo mas tento caminhar nos passos de Jesus que nunca fez assepsia de pessoas, exceto quanto a hipócritas.
Quando é que iremos parar com essas hipocrisias?
Chega de nos fingirmos de "bonzinhos"!!! Deus ve TUDO... podemos enganar a todos à nossa volta e até a nós mesmos mas não vamos enganar a Deus... esquece!
Nenhum de nós está próximo da perfeição que tentamos aparentar, vamos parar de nos enganar!
Aprendamos com o que nos trouxe Jesus e: quem não tiver pecado que atire a primeira pedra! 
Reflitam por favor...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O CULTO É A DEUS

Hoje quero falar sobre algo que, por parecer tão simples, acaba por fazer passarem desapercebidas as distorções que andam acontecendo em torno até da própria semantica das perguntas:

- Hoje vou ao culto na igreja tal.
- O culto do pastor fulano é o melhor!
- Vamos ao culto de avivamento da igreja x?

Eu poderia preencher uma pagina com frases como essas mas entendo como desnacessário uma vez que essas três são suficientes para exemplificar as distorções sobre as quais falei no inicio do texto.


Como diz o titulo o culto é A Deus e não da igreja x ou do pastor y nem da atitude z.

Cultuar A Deus em primeiro lugar deve ser uma prática de todos os momentos de nossas vidas,  seja ao acordar ao deitar ou em todas as pequenas e grandes coisas que fazemos entre essas duas ações que marcam o inicio e o fim de nossos dias ou do período conciente de nossos dias.
Eu posso cultuar a Deus durante um almoço como também posso não cultuar a Deus durante um culto dentro de um local chamado igreja!
Aliás quero esclarecer que faço distinção entre templo e igreja, o primeiro compreende uma edificação e seus equipamentos para onde as pessoas acorrem a fim de desenvolver atividades sacras ou sociais ou festivas; mas a igreja somos nós em nós! Nosso coração deve ser o ponto de contato com o Espirito Santo de Deus que deve HABITAR em nós no templo "nosso corpo" e essa é a meu ver a razão pela qual devemos cuidar convenientemente desse corpo. E não me refiro sómente às coisas que se convenciona citar como ruins (bebida cigarro e sexo) eu entendo como cuidado manter TUDO funcionando muito bem e isso envolve se alimentar convenientemente, praticar exercicios fisicos, ter um sono regular, enfim uma vida saudável para propiciar um equilibrio capaz de permitir a ação desse poder sobre e em nossas vidas.
Mas além dos limites de nosso corpo fisico existe uma dimensão sobre a qual ando muito preocupado para não dizer alarmado: O Caráter... Estamos vivendo tempos em que a consideração entre e pelas pessoas se tornou "fora de moda" e damos a isso o nome de geração essa ou geração aquela e as relações confiáveis entre semelhantes estão simplesmente desaparecendo!!! Ou seja somos convidados a agir como irmãos com pessoas nas quais não temos quase nenhuma confiança ... PARA! Como confiar em alguém que me falta em coisas tão simples como ser pontual ou atender uma ligação ou fazer um pequeno favor? Isso não existe, confiança se conquista de forma costante e consistente e não com preguiça.
A união que tem força de atração para que as arestas sejam aparadas não virá sem algum esforço no sentido de sermos AMIGOS DE VERDADE e sem esses laços continuaremos sendo ajuntamentos de pessoa que se dirigem a um templo num determinado dia com a necessidade de ouvir um clero e em seguida se afastam tal qual imãs ao contrário que mais do que não se atrairem se repelem.
Encerro afirmando que poderemos ir o quanto quisermos a templos e assistir magnificas ministrações que nos farão muito bem e saciarão nossa sede espiritual, mas enquanto não mudarmos nossa postura continuaremos a cultuar nossos corpos, nossas casas, nossos carros, nossos parentes  e a nós mesmos mas não estaremos de forma alguma cultuando a Deus... muito pelo contrário, estaremos apenas utilizando Sua infinita misericórdia em nos dar as graças que não merecemos. Devemos tomar ações reais no sentido de retornar os laços de confiança entre nós.
Abs e Bjs
Victor
UADV

quarta-feira, 4 de maio de 2011

ESPIRITO DE EQUIPE

Transcrevo abaixo um texto q li hoje e achei muito legal!

Paulo mostrou sua preocupação em relação ao espirito de cooperação na igreja dizendo: "Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxilio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função" (Ef 4:16).
Tim Hensel conta, em seu livro The Holy Sweat, a história de Jimmy Durante, um dos grandes humoristas entre os anos 1920 e 1970. Pediram que ele participasse de um show para veteranos da segunda guerra mundial. Ele respondeu que sua agenda estava muito cheia, mas poderia reservar alguns minutos para uma breve apresentação. Disse que, se eles não se importassem de que ele fizesse um curto monólogo e saisse imediatamente para o próximo compromisso, ele aceitaria.
Mas, quando Jimmy subiu ao palco, alguma coisa interessante aconteceu. Ele terminou o monólogo e continuou ali. O aplauso tornou-se cada vez mais forte, e ele permaneceu. Logo, já haviam passado 15 minutos, 20 minutos e até 30 minutos. Finalmente, fez sua ultima apresentação e saiu do palco.
A pessoa responsável o abordou e disse: "Eu pensei que você ficaria apenas alguns minutos. O que aconteceu?"
Jimmy respondeu: "Eu tinha que ir, mas quero lhe mostrar algo. Está vendo ali na primeira fila?" Na primeira fila havia dois homens, cada um deles perdeu um dos braços na guerra. Um tinha  perdido o braço direito e o outro o braço esquerdo. Juntos eles conseguiam aplaudir e foi exatamente o que eles fizeram com alegria e vibração. Estavam contentes, mesmo diante de suas limitações, sendo que elas desapareceriam quando um se unisse ao outro.
Converse com os administradores que se esmeram na escolha de seus liderados e verá que a frustração de muitos deles é a mesma de Casey Stengel, técnico de futebol americano, que disse: "É fácil conseguir bons jogadores. Fazer com que joguem juntos é a parte mais dificil".
Hoje, os bons jogadores entendem que as preferências pessoais devem ser colocadas de lado por aquilo que o time pede. Entendem que no centro de atuação de qualquer grupo - seja o time, a escola ou a igreja - o propósito comum do grupo está acima dos objetivos individuais.
"Cada um ajuda o outro e diz a seu irmão 'seja forte!' O artesão encoraja o ourives, e aquele que alisa com o martelo incentiva o que bate na bigorna" (Is 41: 6,7).
extraido do livro Momentos de Graça de José Maria Barbosa Silva

Abs e Bjs

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Fim do mundo?

Ando sumido daqui pois estou correndo muito, o mundo está acabando e tenho tantas coisas a fazer! ... Brincadeira!
Tem horas que me pergunto se de fato hoje acontecem mais catastrofes e tragédias ou apenas os meios de comunicação nos trazem mais informações ... dificil saber, mas fica no ar um certo clima  de fim de mundo.
Eu não sei se o que acaba é o mundo ou as condições de vida para a espécie humana no planeta, mas essa conversa fez aflorar mais fortemente em meu coração um incomodo, quase uma angustia:
Como estamos ficando superficiais em nossos relacionamentos pessoais.
Não estou nem me referindo a vizinhos que moram no mesmo condominio e nem sabem os respectivos nomes (quando não raras vezes até se odeiam, e o pior não sabem porque...apenas odeiam), mas falo de "amigos" que alimentam uma relação superficial, meramente social, ninguém mais conhece ninguém.
Como pode alguém gostar de mim se não me abro, não me apresento tal como sou?
Estamos construindo muralhas à nossa volta e conduzindo nossas vidas para uma frieza, uma estranheza, ao ponto de nem mesmo pais conhecerem os filhos e vice versa, que absurdo é esse?
Tenho visto comunidades de pessoas que se dizem amigos/irmãos e ninguém sabe quase nada sobre os outros e se encontram e fingem que se gostam e sai cada um para seu lado pouco se lixando para o outro ... isso é amizade?
Se você tenta um contato mais direto ou até "intimista" logo é confundido! Os interesses financeiros estão nos tornando quase animais em certos pontos, é uma dança de "perde x perde" sem fim e ninguém se toca!!!
Fica todo mundo achando que a qualquer momento pode se dar bem ... mas e o amor?
Cade o amor ao próximo? Esse é o principal mandamento de Deus, se não o unico! Sim por que quem ama atende todos os outros mandamentos quase automáticamente...
Se o sujeito tem muito dinheiro não tem paz, acha que todos estão com ele por isso, vive opresso sem saber até onde vai o interesse e onde começa a amizade e na duvida... bem, na duvida levantemos as muralhas.
Mas onde vamos parar com isso? Já se está matando por ódio social, não há muralha que impeça uma besta fera de assasssinar pessoas inocentes! E por que estas são as vitimas? Elas são a ponta acesivel desse sistema que oprime até o ultimo dos limites! Os verdadeiros responsáveis estão encastelados e blindados em suas "celas" ... prisioneiros de um sistema que pulsa assim: Dinheiro, dinheiro, dinheiro... Chega!!!
Vamos estancar essa sangria, vamos simplesmente nos relacionar ... como antigamente ... com direito a dizer sim e dizer não, mas arriscando encostar corações entre si!!!
Não da mais para ficarmos parados como que assistindo a um filme quando somos atores, tomemos atitudes ... da para mudar... basta querermos e darmos os primeiros passos.
Vamos derrubar essas muralhas, vamos amar.
Vamos enfim viver livremente
Abs e Bjs
Victor

segunda-feira, 28 de março de 2011

VAMOS MUDAR O MUNDO? ... COMECEMOS POR NOSSAS AMIZADES!

Como melhorar o mundo sem primeiro arruma nossa gaveta?
Vivemos hoje as consequencias de relacionamentos superficiais, descartáveis ... a era dos fastrelacionamentos: eu acredito que vou tirar de vc algo em meu proveito e me valendo do fato de q vc pensa o mesmo a meu respeito me aproximo e tento te enganar, quando um d nós julgar ter conseguido descarta o outro!
Esse jogo de isca e vitima acaba nos tornando muito defensivos e a consequencia é a solidão q ajuda o joguinho do aproveita a continuar e passamos a praticar um PERDEXPERDE achando q sómente o outro está sendo lesado, esse estado de coisas contextualizado no seio de uma geração chamada Y (YES) se torna algo sem limites!
Estamos tomando duas iniciativas na intenção de começar a arrumar aquilo q se encontra ao nosso alcance:
- Café Temático com Deus - serão reuniões onde pretendemos de maneira informal e descontraida propiciar o nascimento de relacionamentos fortes, tipo aquele amigo q vc liga sem frescuras e vai direto ao assunto, sem enrolação e sabendo q vai ter resposta sincera (nem sempre vai ouvir o q gostaria), ou seja tem q haver confiabilidade e intimidade.
Mas como desenvolver essas duas ultimas? Ai vem a outra iniciativa:
Amigos de Verdade - é um grupo que deve ser consequencia das amizades q venham a nascer e se consolidarem nos nossos cafés com o propósito de divulgarmos nesse mural assuntos d interesse comum bem como oportunidades uteis e por ai vai.
Se isso fez sentido visite:
e:http://www.facebook.com/?ref=home#!/home.php?sk=group_175322669181593&ap=1

Abs e esperamos vcs!
http://www.facebook.com/event.php?eid=205111006184775
Local: no Via Café - Av. Jacutinga - Moema
Horário: quinta, 7 de abril de 2011 20:00

segunda-feira, 21 de março de 2011

PRECISA SER ASSIM?

Essa visita do presidente Obama ao Brasil com todo aquele aparato faz aflorar em mim uma pergunta que me incomoda e para a qual nem sei se tem resposta:
SE TUDO QUE SE GASTA NO MUNDO PARA PROTEGER RICOS DE POBRES FOSSE REDISTRIBUIDO, COMO FICARIA?
Não saberia quantificar, mas fico inclinado a pensar  em um mundo mais equilibrado.
Por exemplo os gastos com tratamentos de vitimas dessa guerra serão poucos? Será que uma cidade menos espraiada e hostil com trafego menor não resultariam numa vida melhor? Qualquer hora vou escrever sobre esse lado da vida sustentável.
Pergunte, se conseguir, a qualquer celebridade quais são seus desejos, você se surpreenderá.
Toda vez que tive oportunidade de me aproximar de gente badalada encontrei pessoas ávidas por coisas simples, cansados de bajuladores!
Tive a oportunidade de me tornar amigo de um cara fantástico de tão simples que é por dentro o Sr Raimundo Magliano, que era presidente da BOVESPA quando nos conhecemos. Nosso primeiro encontro foi engraçado, num sabado à tarde fui entregar algumas doações para as vitimas de uma enchente do Aricanduva; eu estava de shorts e eis que aconteceu meu encontro com esse homem que estuda Norberto Bobbio mas todos tratam com se ele fosse o oposto do que se propõe a ser. Depois desse encontro acabamos por abraçar um projeto de reconstruir algumas casas juntos e depois outros trabalhos na comunidade de Paraisópolis e em TODAS as ocasíões nas quais nos encontramos ele manifesta o respeito por nossa amizade (sempre cercado de um monte de seguranças), acho engraçado quando nos abraçamos, vejo olhares entre desconfiança e desdém à nossa volta! Presto aqui minha homenagem a esse homem pelo qual tenho grande estima e consideração, ao lado Bobbio desse grande amigo que sempre afirma: nossas vidas andam juntas.
O Obama mostrou isso ao querer a camisa do flamengo, o coração do homem estava naquilo e não nos extensos discursos que leu, pode acreditar e se estiver em duvida reveja a naturalidade das filhas dele!
 Não sei a resposta dessa equação de equilibrio financeiro social, mas se recuarmos uns trinta anos no tempo e olharmos como era a segurança quando havia bem menos concentração de riquezas encontraremos lá pelos anos oitenta um tempo em que pelo menos se podia comer num restaurante sem ser assaltado... aliás vale lembrar, não existiam celulares para serem levados!
Sei que nada se pode fazer para alterar o mundo, mas pelo menos façamos à nossa volta um pouco desse equilibrio dividindo os excessos com quem precisa ... lembre, você não levará nada dessas coisas para a eternidade, mas as experiencias de ver gente se alegrar com seu carinho ... isso sim, vai te acompanhar.
Abs e BJS
Victor

quarta-feira, 2 de março de 2011

Stand By Me | Playing For Change | Song Around the World

COMO É DIFICIL LIDAR COM A MORTE DO CORPO FISICO

Nos ultimos dias me deparei com a realidade de que ninguém sabe sua hora de partir, lá se foram 3 homens com muito poucos anos de vida a mais que eu. Creio que se eu tivesse 10 anos não me pareceriam tão novos mas a relação de tempos tem a ver com o quanto já vivemos e eles tinham apenas algo como 10% a mais que eu ... muito pouco, quase nada.
Bem, aqui estou em menos de um ano do ultimo check up diante da tarefa de fazer exames investigativos (e muito invasivos) para sondar se desenvolvi ou não um cancer de prostata. Como faziam os homens da geração do meu pai? Acho que NÃO faziam, quantos devem ter morrido disso ou "com isto" e nem souberam!
Francamente acho até que não tenho essa doença e não vou morrer tão em breve (pelo menos não por esse motivo), mas tem alguns incomodos e reflexões q me pegam nesse momento.
O primeiro, mais razo e agudo, é: exames invasivos e mil incomodos e exposições ... nossa é tudo muito desagradável e acabo me inclinando a pensar que a depender dos resultados pode vir a ser um sofrimento em vão, dai me pego orando algo como "se for para sofrer e não chegar a nada melhor ser levado antes" mas com medo; vai que é (mesquinho mas real) estou sendo honesto.
Mas acho que a pior parte é dar de cara com minhas incertezas e medos... onde estão minhas verdades? Aquele "me leva Senhor pois contigo não temo nada" onde foi parar? Cade aquela convicção d que vai ser um "sono" e em breve reencontrarei a todos?
Nossa, como é tão mais facil dizer do que praticar!!!
Como são estranhas nossas reações e mais estranhas ainda as das pessoas à nossa volta; parece que a incredulidade de que algo possa ocorrer é diretamente ligada à proximidade e ao amor que sentem por nós: traduzindo, quanto mais alguém te ama mais tende a querer afastar esse tipo de pensamento e desacreditar que algo possa de fato ocorrer... mas nesse momento é preciso justamente o oposto para poder me ajudar, dá para entender?!
Dai começo a me culpar: cade aquele "servo dO Senhor que nada teme e quer ter com Ele um dia? Alguém viu o dissuadido por aí?
Sei lá, vivemos em cima de personagens que criamos adaptados segundo nosso "eu idealizado" a cada situação e na hora de sermos verdadeiramente provados na fé nos sentimos aquilo que na realidade somos: uns baita covardes, essa é a verdade... pelo menos p/ mim!
Ao escrever isso não quero imaginar que farei ninguém virar um super herói da fé, mas gostaria de encorajar os leitores a refletir sobre nossos reais limites e pararmos com a demagogia e com esse oba oba pseudo cristão de nada temo. Fale o que pensa no fundo de seu coração, diga o quanto ama a quem ama, saia desses personagens, se despoje das mascaras e seja vc mesm@.
Que possamos a exemplo de Jesus dizer EM VERDADE VOS DIGO... e com amor e cuidado dizermos e sermos autenticos "o sim seja sim e o não seja não" sem mascaras, mas vivendo de forma simples e real como andar de shorts e havaianas pelo bairro.
Abs e Bjs
Victor

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O MUNDO ESPIRITUAL NÃO É BRINCADEIRA!

Hoje fui contemplado por um ensinamento durante um culto que me remeteu a escrever esse "alerta" para nós cristãos (pequenos Cristos).

O mundo espiritual não é tangivel assim como a lei da gravidade e a força magnética de um imã não o são mas nos tres exemplos acredito tenhamos um consenso: não se pode ver mas EXISTEM. Embora cientificamente não existam experimentos que comprovem os poderes do mundo espiritual sabemos que nesse campo existem unicamente dois lados: o bem e o mal ou luz e trevas, não importa como chamamos, nos é requerido um posicionamento sobre de que lado pretendemos caminhar, não tem terceira hipótese.
Nós Cristãos protestantes deveriamos fazer um exame de conciencia sobre posturas autoritárias de julgamento que adotamos sobre o que é bom ou mal ou o que pode e o que não pode. Somos prontos em criticar e carimbar tudo o que entendemos fugir da "verdade verdadeira" conhecida apenas por nós e a partir dai começamos a carimbar tudo.
Do alto de nossa majestade começamos a classificar como macumba, idoloatria, legalismo, barganha com o céu tudo aquilo que "os outros" fazem e foge do nosso pequeno e asséptico mundinho.
Mas entrevistar demonios pode?... e recolher ofertas em troca de bençãos? ... e passar pelo corredor de sal grosso?... pelo que sei essas coisas também classificamos como erradas ou heréticas, mas a pergunta que me faço e te convido a fazer é?
Onde enquadrar as campanhas de oração ou os jejuns de nomes diversos ou até mesmo as orações que fazemos pedindo beneficios pessoais (arrumar aquele emprego ou assinar o mega contrato ou não chover no horário casamento da filha) ou interseções sobre a cura de alguém... pode ou não?
E este foi meu aprendizado: tentar manipular o mundo espiritual é tão repreensível quanto aqueles atributos que tanto condenamos, se não pior pois os seguidores  de deuses e seitas fazem tais coisas e não conhecem a palavra de Deus, mas nós conhecemos e sabemos muito bem quais são as instruções!
Um pai que não entende que criou o filho e deve entregá-lo a Deus e saber que o verdadeiro dono daquela vida o dirigirá ou o pastor que pretende ter dominio sobre suas "ovelhas" estariam agindo conforme os ensinamentos que tivemos?
Em Mateus 16-22 encontramos um posicionamento de Jesus em relação a Pedro o qual já havia feito andar sobre as águas e sobre quem afirmou edificaria sua igreja a despeito da mentira dita pelo discípulo acerca de sua fidelidade a Jesus:
MT - 16-22 Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens.

No mundo espiritual não existe mais ou menos... ou é ou não é e ponto.

Encerro propondo que prostrados oremos em secreto e apresentemos a Deus tudo o que vai em nosso coração, mesmo aquilo que nos pareça absurdo ou pecado ou seja lá o que for... mas encerremos a oração dizendo como Jesus nos ensinou: Que seja feita aTUA vontade Pai e não a minha assim na terra como no céu!
 Abs e Bjs
Victor

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Confiar....é o mais dificil!

Quando somos fracos Deus nos faz fortes pois é nesse ponto q nos entregamos a Ele como uma criança que ao esticar os braços pedindo colo ao pai no instante em que é segura por ele solta o corpo e se deixa leva...
Assim é com Deus esse pai amoroso e de infinita bondade...

Abs e Bjs

Victor

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

domingo, 2 de janeiro de 2011

Ano Novo, Vida Nova! ... SERÁ???

Olá,
são 5:40hs do dia 2/01/11 e estou aqui escrevendo por q perdi o sono... não sei se foi alguma programação q fiz em minha mente sobre retomar o hábito de acordar cedo e ligar no 220 ou é a expectativa de tanta coisa q pretendo fazer nesse novo ciclo q se inicia, mas o fato é: VOLTEI!!!
Cheio de planos e com vontade de me organizar melhor p/ separar um tempo e destinar aos temas q me fazem palpitar e dividir minhas opiniões sobre mil coisas com meus amigos, vamos ver o q consigo ... será q consigo algo? rs
Feliz 2011 a todos!
Abs e Bjs
Victor