quarta-feira, 2 de março de 2011

COMO É DIFICIL LIDAR COM A MORTE DO CORPO FISICO

Nos ultimos dias me deparei com a realidade de que ninguém sabe sua hora de partir, lá se foram 3 homens com muito poucos anos de vida a mais que eu. Creio que se eu tivesse 10 anos não me pareceriam tão novos mas a relação de tempos tem a ver com o quanto já vivemos e eles tinham apenas algo como 10% a mais que eu ... muito pouco, quase nada.
Bem, aqui estou em menos de um ano do ultimo check up diante da tarefa de fazer exames investigativos (e muito invasivos) para sondar se desenvolvi ou não um cancer de prostata. Como faziam os homens da geração do meu pai? Acho que NÃO faziam, quantos devem ter morrido disso ou "com isto" e nem souberam!
Francamente acho até que não tenho essa doença e não vou morrer tão em breve (pelo menos não por esse motivo), mas tem alguns incomodos e reflexões q me pegam nesse momento.
O primeiro, mais razo e agudo, é: exames invasivos e mil incomodos e exposições ... nossa é tudo muito desagradável e acabo me inclinando a pensar que a depender dos resultados pode vir a ser um sofrimento em vão, dai me pego orando algo como "se for para sofrer e não chegar a nada melhor ser levado antes" mas com medo; vai que é (mesquinho mas real) estou sendo honesto.
Mas acho que a pior parte é dar de cara com minhas incertezas e medos... onde estão minhas verdades? Aquele "me leva Senhor pois contigo não temo nada" onde foi parar? Cade aquela convicção d que vai ser um "sono" e em breve reencontrarei a todos?
Nossa, como é tão mais facil dizer do que praticar!!!
Como são estranhas nossas reações e mais estranhas ainda as das pessoas à nossa volta; parece que a incredulidade de que algo possa ocorrer é diretamente ligada à proximidade e ao amor que sentem por nós: traduzindo, quanto mais alguém te ama mais tende a querer afastar esse tipo de pensamento e desacreditar que algo possa de fato ocorrer... mas nesse momento é preciso justamente o oposto para poder me ajudar, dá para entender?!
Dai começo a me culpar: cade aquele "servo dO Senhor que nada teme e quer ter com Ele um dia? Alguém viu o dissuadido por aí?
Sei lá, vivemos em cima de personagens que criamos adaptados segundo nosso "eu idealizado" a cada situação e na hora de sermos verdadeiramente provados na fé nos sentimos aquilo que na realidade somos: uns baita covardes, essa é a verdade... pelo menos p/ mim!
Ao escrever isso não quero imaginar que farei ninguém virar um super herói da fé, mas gostaria de encorajar os leitores a refletir sobre nossos reais limites e pararmos com a demagogia e com esse oba oba pseudo cristão de nada temo. Fale o que pensa no fundo de seu coração, diga o quanto ama a quem ama, saia desses personagens, se despoje das mascaras e seja vc mesm@.
Que possamos a exemplo de Jesus dizer EM VERDADE VOS DIGO... e com amor e cuidado dizermos e sermos autenticos "o sim seja sim e o não seja não" sem mascaras, mas vivendo de forma simples e real como andar de shorts e havaianas pelo bairro.
Abs e Bjs
Victor

Um comentário:

  1. Gostei do texto Paizão, e antes que pudesse ler a sua frase que fala sobre amor é justamente nisto que me apego. Pelo carinho não me sinto bem pensando que posso perder amigos queridos. Mas, pelo amor me vejo lidando com a perda, com a dor e sofrimento pelo exemplo de Jesus Cristo. Pela esperança que um dia nos reencontraremos de novo. E estes sentimentos (amor, esperança) só é dado pelos braços do Papai (Deus) é Ele que nos ensina amar uns aos outros como Ele nos amou.

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